sexta-feira, 30 de maio de 2008

Histórias da História

O trampolim, tal como hoje o conhecemos, terá surgido nos anos 30. O engenheiro norte-americano George Nissen – inspirado pela rede de segurança utilizada há muito por trapezistas em números circenses –, construiu o primeiro protótipo, na sua garagem, ao amarrar um pedaço de tecido a uma estrutura metálica, usando cordas elásticas para o efeito. George Nissen patenteou a sua invenção em 1936.

Enquanto modalidade, o Trampolim surgiu no mesmo ano. Esta nova disciplina foi então introduzida nos programas escolares de educação física, tendo sida utilizada, inclusivamente, em treinos militares durante a Segunda Guerra Mundial! A modalidade, que na altura dava os primeiros passos, contribuía, de forma original e divertida, para o bem-estar físico e mental dos seus praticantes.



Na modalidade, o sucesso dos Estados Unidos foi imediato. Em solo americano, os primeiros campeonatos nacionais foram realizados em 1948. O Trampolim fez a sua estreia nos Jogos Pan-Americanos em 1955, e só mais tarde chegou à Europa, através do suíço Kurt Baechler e do britânico Ted Blake.

Na Europa, a Escócia foi o primeiro país a criar a sua Federação Nacional de Trampolim, em 1958. Seis anos depois, em Frankfurt, na Alemanha, foi criada a Federação Internacional de Trampolim (FIT). No mesmo ano, o dia 21 de Março, o Royal Albert Hall, em Londres, albergou o primeiro Campeonato Mundial de Trampolim.

Assistiu-se então a uma verdadeira explosão da Ginástica de Trampolim. Em 1985, a modalidade esteve presente nos World Games, em Londres. Fruto de um espantoso desenvolvimento da modalidade, surgiram os primeiros desejosos de a tornar olímpica. Entretanto, a Federação Internacional de Trampolim foi dissolvida e a modalidade ficou sob a alçada da Federação Internacional de Ginástica (FIG). O ponto alto de modalidade aconteceu em 1998, quando a Federação Internacional de Ginástica inseriu o Trampolim nos Jogos Olímpicos de Sydney.

O Trampolim é um desporto de elite. Os variados e difíceis saltos e piruetas, que elevam os praticantes a uma altura de oito metros, requerem mestria técnica, um perfeito controlo corporal e movimentos harmoniosos. Na sua essência, o Trampolim é um desporto espectacular que envolve coragem, elegância e audácia.

O minitrampolim é um derivado da invenção de Nissen, muito praticado nas escolas e que permite o desenvolvimento da resistência cardiorespiratória, que envolve esforço aeróbio e anaeróbio de média e alta intensidade para as acções musculares. A redução da taxa de gordura corporal, o fortalecimento dos braços, pernas, coxas, abdómen e glúteos, o aumento da agilidade, o melhoramento do sistema cardiopulmonar e o rejuvenescimento do seu corpo, com o melhoramento da saúde mental e física são os principais benefícios desta modalidade.







Ginástica artística e o minitrampolim

O contexto


A ginástica é uma modalidade de elevado grau de exigência, pois é constituída por exercícios de difícil execução, acompanhada obrigatoriamente de delicadeza, elegância, amplitude e correcção.O minitrampolim é uma modalidade que se insere na Ginástica artística, mais especificamente na ginástica de aparelhos. Neste último tipo de ginástica utilizam-se materiais próprios desta área, alguns dos quais são utilizados em provas de ginástica de competição, alguns dos quais são específicos para cada sexo:


Ø Colchão de queda
Ø Cavalo de saltos (prova feminina e masculina)
Ø Banco sueco
Ø Minitrampolim
Ø Plinto
Ø Argolas (prova masculina)
Ø Bock
Ø Barra fixa (prova masculina)
Ø Trampolim Reuther
Ø Cavalo com arções (prova masculina)
Ø Trampolim sueco
Ø Paralelas simétricas (prova masculina)
Ø Cordas de suspensão verticais
Ø Trave olímpica (prova feminina)
Ø Espaldares
Ø Paralelas assimétricas (prova feminina)


O minitrampolim é um aparelho que, um pouco à semelhança dos outros, exige algumas medidas de segurança, pelo que nenhum iniciado deve saltar sem supervisão de um treinador ou professor.




Constituição dos saltos de minitrampolim


Os saltos de minitrampolim dividem-se em três etapas:


Ø Corrida preparatória;

Ø Chamada;

Ø Salto;

Ø Recepção.


Informações importantes sobre a execução de cada uma das etapas

A corrida preparatória deve ser rápida, executada com crescente velocidade, mas controlada. Por outro lado, a chamada deve ser vigorosa, sendo o salto o exercício executado durante a fase do voo, com uma postura íntegra e plena consciência da trajectória. Por fim, a recepção ocorre no contacto com o solo, devendo ser plena de equilíbrio, adquirido através da flexão das pernas e um ligeiro afastamento dos pés.










Minitrampolim

Minitrampolim "Open"




Minitrampolim "Standart"


Minitrampolim "Trimm"


Minitrampolim "Molas"

Aparelhos gímnicos.

Colchão de queda


Aparelho gímnico.

Cavalo de saltos



Aparelho gímnico de competição, de provas masculinas e femininas.

Banco sueco

Aparelho gímnico.

Argolas



Aparelho gímnico.

Bock

Aparelho gímnico.

Barra fixa



Aparelho gímnico de competição, específico masculino.

Trampolim Reuther



Aparelho gímnico.

Cavalo com arções

Aparelho gímnico de competição, específico masculino.

Trave Olímpica

Aparelho gímnico de competição, específico feminino.

Paralelas assimétricas

Aparelho gímnico de competição, específico feminino.

Paralelas simétricas

Aparelho gímnico de provas de competição, específico masculino.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Principais elementos leccionados no nível elementar de minitrampolim


Salto em extensão (Vela)


1. Elevar os braços, ajudando a impulsão;
2. Colocar a bacia correctamente;
3. Fazer a extensão total das pernas e do resto do corpo;
4. Manter o olhar dirigido para a frente;
5. Contrair o corpo.









Salto engrupado


1. Definir a posição engrupada no ponto mais alto da trajectória aérea;
2. Manter o tronco em posição vertical;
3. Flectir bem as pernas sobre o tronco;
4. Promover a extensão do corpo, antes do contacto com o solo.

Salto de carpa (Pernas afastadas)

1. Colocar as mãos sobre o dorso dos pés, depois de afastares as pernas;
2. Fazer uma ligeira inclinação do tronco à frente;
3. Flectir as coxas sobre a bacia, mantendo as pernas em extensão;
4. Definir a posição de carpa no ponto mais alto da trajectória aérea.

Pirueta vertical

1. Acompanhar, com o teu olhar, o sentido da rotação, mantendo a cabeça em posição anatómica;
2. Manter os braços em cima, em extensão e no prolongamento do tronco;
3. Colocar bem a bacia;
4. Manter as pernas em extensão e unidas.


Salto mortal, à frente, engrupado

1. Olhar para a frente no momento de impulsão;
2. Fazer a impulsão na vertical;
3. Flectir a cabeça sobre o tronco (queixo no peito);
4. Elevar a bacia, promovendo a posição engrupada;
5. Agarrar a parte anterior dos joelhos durante a rotação no voo;
6. Fazer a extensão das pernas, para baixo, de forma a preparar a recepção.


Contando outras histórias

Estes são os fundamentos teóricos, leccionados no ensino secundário, os quais desenvolvem a nossa performance física. Devido à velocidade a que vivemos as nossas vidas, obrigados pelo desenvolvimento da sociedade, factores como o stress acumulado, o sedentarismo e a ingestão de alimentos de baixa qualidade energético-nutritiva, a qualidade de vida e os níveis de saúde experimentam uma franca e acelerada degradação, pelo que se revela essencial alterarmos o nosso estilo de vida. Ora, a prática de exercício físico é essencial para a obtenção de um estilo de vida mais saudável e ligeiro, uma vez que a sua prática regular permite-nos evitar e diminuir o stress, sendo também benéfica ao nível anatómico-fisiológico, além do que ao eliminar-mos os quilinhos a mais desenvolvemos uma maior auto-estima, o que por si só ajuda em termos de motivação, tornando-se mais fácil também ganharmos forças para mantermos uma alimentação mais cuidada. Além de todos estes benefícios relativos à saúde, auto-estima e motivação, a prática regular de exercício físico e o desenvolvimento da capacidade motora conduzem a um aumento na nossa produtividade no trabalho e permite-nos contornar mais facilmente os obstáculos com que nos deparamos no quotidiano.

Vídeos



Festival de Ginástica. Ao longo do vídeo, podemos observar diversos alunos a executar alguns dos saltos mais comuns. No vídeo, podemos identificar saltos carpa, saltos em extensão, saltos engrupados, e alguns saltos mortais, à frente, engrupados.



Após realizar um salto de carpa de pernas afastadas, a jovem atleta efectua uma variante do movimento inicial, um salto de carpa de pernas fechadas.



A ginasta executa um movimento de maior grau de dificuldade. Este salto é designado por barani, composto por um salto mortal à frente com meia pirueta.



Durante uma aula de Educação Física, este aluno executa um duplo salto mortal encarpado.